sábado, 12 de abril de 2014

A Doença dos dois humores

Tribuna Livre

A doença dos dois humores

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Sergio Pardal
A doença bipolar também conhecida por psicose maníaco-depressiva é uma patologia caraterizada por alterações de humor extremas que vão da euforia à tristeza e prejudicam com gravidade a pessoa em diversas áreas da sua vida pessoal, familiar, social, entre outras.
A etiologia desta enfermidade ainda não é bem conhecida, diversos fatores, genéticos, biológicos, sociais e psíquicos como a personalidade e situações de stress poderão contribuir para o desencadear da doença.


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Esta patologia manifesta-se geralmente entre a adolescência e o começo da idade adulta, embora possa aparecer também na infância, sendo rara a sua ocorrência apos os 50 anos. 

Esta psicose alterna geralmente entre uma fase de humor baixo (depressão) e outra de humor elevado (mania), expressa através do aumento daautoimagem que a pessoa tem de si própria, pelo desenvolvimento de sentimentos irreais de superioridade e grandeza, pela diminuição do período necessário de sono, sensação subjetiva de que as ideias ocorrem de formamais rápida. 

A pessoa fala em excesso e ininterruptamente, não se consegue expressar de forma conveniente, distrai-se facilmente tem dificuldades em estar concentrada, resultando em inúmeros trabalhos inacabados, sensação de inquietação em geral, provocando um acréscimo no seu interesse pela prática de diversas atividades, incapacidade de se autocontrolar, desinibição sexual, gastos elevados, compras exageradas, irritabilidade e nervosismo.

A fase de depressão é sentida pelo doente por uma melancolia profunda, com perda de interesse para desenvolver as atividades quotidianas, sentimentos de inutilidade e culpa exagerada, problemas de concentração, problemas de concentração e diminuição da capacidade para pensar, sensação de fadiga excessiva, perda de energia, alterações do sono,dificuldades para dormir ou sono excessivo, agitação ou lentidão da atividade intelectual e motora, diminuição ou aumento rápido de peso, pensamentos continuados de morte ou suicídio.

Na atualidade não existe nenhum tratamento capaz de curar a doença, nesse âmbito a intervenção deve ser no sentido de procurar estabilizar as alterações de humor, que se consegue geralmente com tratamento médico e a administração de fármacos, a adopção de um estilo de vida saudável como a prática de atividades físicas regulares, a manutenção de uma alimentação equilibrada, o abandono do consumo de substâncias psicoactivas (álcool, tabaco, cafeína, drogas entre outras). 

A psicoterapia também pode constituir um apoio importante para arecuperação emocional do doente, por lhe dar a possibilidade de aprender a conviver melhor com a doença e gerir de forma racional os pensamentos, as atitudes e os sentimentos associados a esta patologia e à sua família por vivenciarem diretamente os problemas sentidos pelo doente e pela capacidade de transmitir informações sobre o evoluir da doença, a melhor maneira de tratar do doente e da importância do tratamento para o bem estar psicológico do doente.

*Cidadão
15 de Fevereiro de 2014 | 08:08
Sérgio Pardal*

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