O lançamento do livro será:
Dia 26 de Janeiro às 15h:00
No Hotel Real Palácio
Rua Tomás Ribeiro, 115
Tribuna Livre | ||
A é uma reação subjetiva constituída por uma componente sensorial e outra emocional associada a uma sensação desconfortável que nos alerta, para a existência de uma lesão real ou potencial em alguma parte do corpo, este mecanismo de transmissão da informação sensitiva quando normal, constitui um sistema de defesa, à presença de um agente que pode ser nocivo à saúde.
A forma como a dor é percecionada e se manifesta é diferente em cada pessoa, estando envolvidos nesse processo aspetos multidimensionais, físicos, biológicos, afetivos e cognitivos, sociais, culturais entre outros.
Deste modo, considera-se crónica se a sua prevalência abranger um período de tempo superior 6 meses, depois do processo normal de regeneração dos tecidos e da pessoa estar curada, sendo em geral difícil conhecer a sua etiologia causal e temporal, devido a sofrer a influencia de fatores pessoais e motivacionais, sendo distinta a existência do traumatismo físico, da explicação dada pela pessoa aquela dor, que pode ser sentida apenas em termos psicológicos. A dor crónica é geralmente sentida em uma ou varias áreas do corpo, constituindo o principal origem daquele diagnóstico médico, sendo a sua importância considerada relevante para uma intervenção terapêutica. O sentimento de dor provoca angústia, suscetível de um diagnóstico clínico, dificuldades em estabelecer relações sociais, em executar as suas atividades diárias e noutras áreas fundamentais para a sua própria existência. As causas psicológicos desempenham uma função fundamental na origem, duração, agravamento e permanência da dor. Na velhice a dor crónica é uma das principais causas de depressão, insónia, nervosismo, distúrbios do sono, problemas alimentares, perda de autonomia, dependência e incapacidade física, modificações no sistema imunitário provocando uma maior suscetibilidade a doenças e infeções, da dificuldade do idoso para estabelecer relações sociais satisfatórias e estar integrado na vida familiar, da diminuição do autoconceito de si próprio e da autoestima, podendo levar ao isolamento, à solidão e ao suicídio. O tratamento da doença requer um intervenção de profissionais de diversas áreas do saber que atuam em equipa, dado a dor crónica ser uma patologia complexa que depende de diversos fatores sendo necessária uma abordagem holística, os técnicos tem a finalidade de extinguir ou controlar a dor, utilizando diversos métodos terapêuticos como, o tratamento médico e a administração de psicofármacos, fisioterapia, massagens, desporto, psicoterapia, programas educacionais, passeios ao ar livre quando as condições físicas e psicológicas do idoso o permitem. A prática da atividade física é fundamental para a terapia e prevenção da dor crônica, muitos idosos evitam fazer movimentos, por acreditarem que com estas ações a sensação de dor se agrave, ficando geralmente bastante tempo inativos, com reflexos ao nível da sua motricidade e dificuldades em realizarem as atividades diárias. *Cidadão
8 de Junho de 2013 | 09:24
Sérgio Pardal* |
A noção de cuidados paliativos, centra-se no auxílio disponibilizado às pessoas com doenças incuráveis, por parte de uma equipa de multidisciplinar formada por (médicos, enfermeiros, psicólogos, capelões, assistentes sociais e os demais profissionais ligados à área da saúde) que tem como finalidade melhorar as condições de vida do doente e da sua família e através do diagnóstico precoce da enfermidade, prevenir e atenuar o sofrimento, avaliar e tratar a dor entre outros sintomas de origem física, psíquica, social ou espiritual, resultantes da situação problema criada pela doença.
A noção de cuidados paliativos, centra-se no auxílio disponibilizado às pessoas com doenças incuráveis, por parte de uma equipa de multidisciplinar formada por (médicos, enfermeiros, psicólogos, capelões, assistentes sociais e os demais profissionais ligados à área da
saúde) que tem como finalidade melhorar as condições de vida do doente e da sua família e através do diagnóstico precoce da enfermidade, prevenir e atenuar o sofrimento, avaliar e tratar a dor entre outros sintomas de origem física, psíquica, social ou espiritual, resultantes da situação problema criada pela doença. A evolução desta área do conhecimento está relacionado com os enormes progressos realizados pela medicina, ao aumento da longevidade da vida humana, com o consequente envelhecimento da população e à prevalência de doenças como o (cancro, demências, doenças neurológicas, pulmonares, problemas cardíacos, acidente vascular cerebral, entre outras) e à necessidade da elaboração de um plano de intervenção adequado a cada pessoa e ajustado à progressão da doença. Deste modo, o apoio desenvolvido a ser aos utentes do programa cuidados paliativos deve ser uma abordagem holística sobre o doente, atender à sua historia biográfica, compreender o impacto que a doença sobre utente, a maneira particular do seu organismo reagir à adversidade, a valorização emocional que faz daquela contrariedade, às relações afetivas com os familiares e amigos, aos múltiplos sentimentos de revolta, aflição, tristeza, ansiedade em relação à doença e à influência a nível religioso e espiritual que esta fatalidade poderá ter sobre a pessoa. Em relação ao exposto, a assistência disponibilizada pelos cuidados paliativos, deve ser no sentido de procurar auxiliar o doente a conviver melhor com a enfermidade, e de preservar ou até mesmo melhorar o seu estado de saúde, por muito debilitado que este esteja e a proporcionar-lhe uma melhor qualidade de vida, como noção abrangente que engloba diversas vertentes da existência humana, entre elas a saúde da pessoa na sua totalidade e as crenças espirituais, a resistência às adversidades, o autoconceito que temos de nós próprios, a avaliação que fazemos da vida, entre outras. Neste contexto o direito à vida constitui o mais importante de todos os direitos humanos, abrangendo também a dignidade da pessoa humana, tendo estes cuidados como principal função, oferecer aos doentes em fase terminal o apoio médico e terapêutico por meio de uma assistência o mais completa possível quando já não existem possibilidades de cura, com o objetivo de preservar a autonomia do utente, reduzir a dor e angústia provocada pelo tomar de consciência da morte num futuro próximo e inevitável, pela gestão equilibrada do stresse psicológico, através do contacto sincero, com o doente, a família e a equipa do programa de cuidados paliativos, possibilitando à pessoa uma existência com maior qualidade no final da vida e um fim digno.
28 de Abril de 2013 | 11:42
Sérgio Pardal* |