quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A solidão e o isolamento dos idosos um problema atual

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Sérgio Pardal Campo Maior

A solidão é uma sensação subjetiva de vazio existencial, que está relacionada com a compreensão individual de cada pessoa, em relação à ausência de redes sociais e pessoas livres, para compartilhar atividades e práticas que lhes possam proporcionar, uma oportunidade de participar na vida social e de desenvolver relações afetivas. O isolamento social refere-se à ausência de integração social de grupos ou indivíduos, provocada pelo afastamento em relação à restante comunidade, por dificuldades de relação e pela utilização de normas e valores diferentes da sociedade à qual pertencem.
A solidão e o isolamento na velhice encontram-se geralmente associados ao declínio das competências biológicas e emocionais, próprias desta fase etária que vão prejudicar a sua capacidade para estabelecer relações interpessoais e a patologias como (depressão, ansiedade patológica, demências, artroses, problemas de coluna entre outros), e a fatores sociais e demográficos, à saída dos filhos da casa dos pais, à diminuição da receita disponível com a aposentação e à perda contactos sociais, o estado conjugal, o género, à redução da rede social pela perda de amigos e pessoas próximas, à exclusão social pela pobreza e à imagem preconceituosa que se mantêm na nossa sociedade em relação às pessoas idosas.
As características psicológicas e de personalidade também podem contribuir e influenciar a autoestima da pessoa, a maneira de pensar, comunicar, proceder, interpretar a vida e relacionar-se com os outros. Os idosos que vivem sós, em geral possuem um autoconceito deles próprios negativo e da sociedade em geral reservados e pouco comunicativos, interagem pouco com as outras pessoas, tem dificuldade em desenvolver relações intimas, isolam-se e têm tendência a viver na solidão.
Deste modo, será necessário que as famílias proporcionem um melhor auxilio à população idosa, como instituição que melhor conhece bem as necessidades dos seus membros, podem prestar um apoio afetivo e instrumental indispensável ao equilíbrio biopsicossocial e na sua ressocialização.
A solidariedade social das redes de suporte informal formada por amigos, pessoas próximas, conhecidos, poderão constituir um aspeto fundamental pelo apoio emocional e de alguma intimidade que poderão dar, contribuir para a redução das situações de  isolamento e de solidão em que grande parte dos idosos se encontram, constituindo um problema atual das sociedades do mundo pela diminuição das taxas de natalidade e pelo aumento da esperança de vida das suas populações.
Nessa ótica será necessário um tomar de consciência das pessoas para a problemática do envelhecimento e da formação de redes de interajuda aos idosos que vivem isolados, no sentido de prestar uma melhor avaliação das necessidades das pessoas no domicílio e das situações de emergência, permitindo ao idoso o desenvolver de relações de amizade e uma melhor articulação com as instituições de apoio ao idoso.

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