quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Os grupos de autoajuda e a saúde do idoso

Tribuna Livre
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Sergio Pardal
A designação de grupos de autoajuda refere-se a reuniões voluntárias de pessoas que partilham experiencias comuns em relação, a um determinado problema existencial ou doença, com a finalidade de auxiliarem os outros com a mesma dificuldade, a encontrarem uma solução para aquela situação que estão a enfrentar.
A troca de informações sobre os problemas que afetam todos os membros do grupo pode ser saudável, ao proporcionar um espaço de ajuda e conforto, ao tomarem consciência que não são os únicos a passarem por
aquela situação difícil e a acreditar mais no futuro, na sua capacidade para melhorar e de conseguir a mudança nas suas vidas.


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Na velhice estes grupos podem ser bastante úteis, por darem aos idosos a oportunidade de expressarem as suas emoções, os seus sentimentos, as suas opiniões, angústias, preocupações, proporcionando ao mesmo tempo momentos de convívio, contribuindo para a
diminuição da depressão, isolamento, solidão, sedentarismo, exclusão social e dependência, em que se encontram inúmeros idosos na nossa sociedade,
permitindo a melhoria das suas competências comunicativas e a formação de laços de solidariedade, interajuda, amizade entre todos os membros do grupo e a sua integração naquela comunidade.

Os grupos de ajuda mútua, podem dar também a possibilidade aos seus membros de transmitirem conhecimentos e práticas, maneiras de enfrentar e tratar as doenças e quais os recursos disponíveis para ajudar a resolver um determinado problema ou prestar cuidados
de saúde, melhorar a integração do idoso na sociedade,
diminuir a marginalização a que os idosos estão sujeitos no
seu dia a dia, permitindo uma maior valorização da pessoa
e constituírem um estimulo, à sua participação na sociedade e ao exercer da sua cidadania ativa.

A atividade do grupo pode ser terapêutica para os seus
membros por lhes permitir dar uma outra perspetiva sobre as suas dificuldades e conhecer outras formas de reagir às adversidades e as situações de angústia psicológica, a melhoria de um dos elementos do grupo pode constituir um estimulo aos restantes membros, para continuarem a lutar contra aquela dificuldade, a acreditar que é possível também eles resolverem os seus próprios problemas,
possibilitando aos idosos terem um maior controlo sobre as suas próprias vidas e uma melhor integração nas suas famílias.

O desenvolvimento destes grupos melhora o estado de saúde e a qualidade de vida, dos idosos por lhes darem a
oportunidade de continuarem ativos na vida social, permitindo-lhes pelo contato com outros e pelo diálogo aberto e sincero, manter ou até aumentar a sua autonomia, competências cognitivas, equilíbrio psicológico
e autoconfiança, pela melhoria da autoestima e da imagem
que tem de si próprio, do mundo ao seu redor, da família,
das pessoas que constituem a sua rede social informal e da existência em geral, permitindo-lhes serem pessoas mais positivas e realizadas, nas suas relações com os outros e consigo próprias.

*Cidadão
17 de Agosto de 2013 | 07:04
Sérgio Pardal*
 

1 comentário: