quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A dor crónica na velhice

Tribuna Livre
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Sergio Pardal
A é uma reação subjetiva constituída por uma componente sensorial e outra emocional associada a uma sensação desconfortável que nos alerta, para a existência de uma lesão real ou potencial em alguma parte do corpo, este mecanismo de transmissão da informação sensitiva quando normal, constitui um sistema de defesa, à presença de um agente que pode ser nocivo à saúde.
A forma como a dor é percecionada e se manifesta é diferente em cada pessoa, estando envolvidos nesse processo aspetos multidimensionais, físicos, biológicos, afetivos e cognitivos, sociais, culturais entre outros.


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Deste modo, considera-se crónica se a sua prevalência abranger um período de tempo superior 6 meses, depois do processo normal de regeneração dos tecidos e da pessoa estar curada, sendo em geral difícil conhecer a sua
etiologia causal e temporal, devido a sofrer a influencia de fatores pessoais e motivacionais, sendo distinta a existência do traumatismo físico, da explicação dada pela pessoa aquela dor, que pode ser sentida apenas em termos psicológicos.

A dor crónica é geralmente sentida em uma ou varias áreas
do corpo, constituindo o principal origem daquele diagnóstico médico, sendo a sua importância considerada relevante para uma intervenção terapêutica.

O sentimento de dor provoca angústia, suscetível de um diagnóstico clínico, dificuldades em estabelecer relações sociais, em executar as suas atividades diárias e noutras
áreas fundamentais para a sua própria existência.

As causas psicológicos desempenham uma função fundamental na origem, duração, agravamento e permanência da dor.

Na velhice a dor crónica é uma das principais causas de
depressão, insónia, nervosismo, distúrbios do sono, problemas alimentares, perda de autonomia, dependência e incapacidade física, modificações no sistema imunitário provocando uma maior suscetibilidade a doenças e infeções, da dificuldade do idoso para estabelecer relações
sociais satisfatórias e estar integrado na vida familiar, da diminuição do autoconceito de si próprio e da autoestima, podendo levar ao isolamento, à solidão e ao suicídio.

O tratamento da doença requer um intervenção de profissionais de diversas áreas do saber que atuam em equipa, dado a dor crónica ser uma patologia complexa que depende de diversos fatores sendo necessária uma
abordagem holística, os técnicos tem a finalidade de extinguir ou controlar a dor, utilizando diversos métodos terapêuticos como, o tratamento médico e a administração de psicofármacos, fisioterapia, massagens, desporto,
psicoterapia, programas educacionais, passeios ao ar livre
quando as condições físicas e psicológicas do idoso o permitem.

A prática da atividade física é fundamental para a terapia
e prevenção da dor crônica, muitos idosos evitam fazer movimentos, por acreditarem que com estas ações a sensação de dor se agrave, ficando geralmente bastante tempo inativos, com reflexos ao nível da sua motricidade e dificuldades em realizarem as atividades diárias.

*Cidadão
8 de Junho de 2013 | 09:24
Sérgio Pardal*
 

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